Quais opções estratégicas o digital oferece àqueles candidatos que não querem esperar que a política e a economia se resolvam.
Para se preparar para eleição as campanhas devem priorizar estratégias digitais que além de organizar o social digital, incorporam anúncios pagos (ads), sempre para conteúdos e nunca apenas para o candidato, com táticas para telefone móvel, e SEO, para otimizar os conteúdos nos sites de busca. Ao adotar uma variedade de modos e meios para sua estratégia de marketing digital, você vai garantir à sua voz se destacar melhor do que tendo pequenas ou nenhuma inserção na mídia tradicional local ou regional, que é sempre muito fechada aos seus grupos de poder. Eu gostaria de falar aqui mais de anúncios on-line, telefonia móvel e SEO, pois sempre tenho discutido muito o marketing de relacionamento nas redes sociais, mas o jogo político têm mudado muito rapidamente o estado das coisas nas comunicações.
A velha mídia faz pose, mas já não tem tanta força.
Nesse momento assistimos uma queda de braço entre dois movimentos políticos em todo o Brasil. Mas, se você olhar melhor, é também uma disputa entre a mídia tradicional e as novas comunicações. A decisão eleitoral aproxima-se rapidamente, e logo veremos anúncios na televisão e impressos. Porém, embora ainda não percebam tanto agora, as empresas de mídia tradicional em todo o país vão sentir o impacto negativo da próxima eleição. Os orçamentos para anúncios vão despencar, porque a mídia corporativa é cara e exige o máximo de seus gastos com publicidade, mas a lei, como todos sabem, mudou e não existe mais as fábulas de dinheiro para as campanhas provindas de empresas. Mas, não só os anúncios estão caros para os políticos, mas também, a atenção das pessoas para esses antigos veículos vai diminuir.
Com a ascensão da internet as pessoas acessam informações com facilidade, e são capazes de conferir a veracidade de notícias e boatos, o que torna os ataques da grande mídia bem menos eficazes do que já foram no passado. Uma grande parte dos brasileiros, dos mais pobres aos mais ricos, tem hoje o mesmo acesso à informação. O político está encontrando cada vez mais dificuldade de manipular a verdade. Com a internet expondo todas suas declarações passadas, novos artigos, áudios e vídeos, enfim, sua vida pública está completamente exposta. Não está mais tão fácil para disfarçar o passado, como sempre foi feito, e as ações menos elogiáveis voltam para assombrar como um fantasma maldito.
A grande mídia, que sempre controlou o jogo de maneira quase hegemônica, ainda tem muito espaço como temos visto em tudo que acontece neste momento no país, mas perdeu muito poder de alcance, e a ampulheta de sua existência está escorrendo rápido e já dá mostras do fim desses meios. As fontes independentes na web estão compartilhando conteúdo sem filtros políticos com muita eficiência, escalando a cada dia mais. Isso está sangrando a influência da mídia tradicional de um modo implacável. Agora, como nunca, temos o melhor acesso à informação.
Barreiras ao novo
A guerra de notícias na mídia tradicional no Brasil está chamando atenção do mundo inteiro, e mesmo temas favoritos do público estão ficando para trás em relação à problemática política. Isso embola completamente o planejamento daqueles candidatos que desejam se promover na mídia tradicional, pois estão com problemas de congestionamento noticioso com o grande impasse que passamos agora. O fundamental para o candidato que deseja se destacar é tecer sua rede digital para promover sua mensagem de campanha, pra ontem. De uma maneira geral, para um candidato estreante é uma missão quase impossível ter uma presença na mídia corporativa de sua cidade ou região. É também visível que a minirreforma eleitoral beneficia aqueles que já possuem mandato, a começar por reduzir o tempo de campanha.
O marketing digital está destruindo a eficácia propaganda tradicional
Por outro lado, você precisa ver se vale a pena investir uma fortuna em um anúncio pequeno, estático no jornal da sua cidade, quando pode muito bem servir ao seu público-alvo com conteúdo envolvente, anúncios relevantes personalizados, baseados nos dados do usuário. Publicidade online é fácil de fazer, e é barata, além de ter muita segmentação inteligente que pode atualizar permanentemente o perfil do seu público-alvo. Ao navegar on-line, as pessoas não querem ver anúncios irrelevantes, e você pode garantir para que isso não aconteça, planejando seu marketing de conteúdo.
Os custos de televisão podem permanecer no mesmo patamar ou baixar, não importa quem vê o anúncio, mas a verdade é que, do ponto de vista das novas comunicações, trata-se de uma estratégia primitiva como abrir uma mangueira e chover no molhado. Os anúncios agora podem e devem ser personalizados.
Atualmente, as pessoas procuram saber mais sobre seus interesses através de vídeo online. E um grande detalhe: metade das pesquisas do Google são feitas através de contas móveis, ou seja, as pessoas estão em movimento quando pesquisam. Os candidatos devem, por isso, ter presença planejada em telefones celulares, se eles querem que os eleitores se lembrem deles nessa eleição.
Como a oferta de solução digital está farta, os gestores de campanhas na web podem se concentrar em impulsionar a segmentação geográfica, e ajustar o foco de localização móvel. Pode-se muito bem fazer anúncios para celular com geolocalização, e se concentrar em certos códigos postais onde os eleitores-alvo têm a maior probabilidade de conversão.
Otimize o ranking de busca
Candidatos que planejam gastar tempo e dinheiro em publicidade tradicional (impressos, rádio, TV, etc.) devem se certificar que suas estratégias de SEO (Search Engine Optimization) / SEM (Search Engine Marketing) estão atualizadas.
Um eleitor vê um anúncio na rua ou na televisão do candidato. Esta publicidade em mídia tradicional leva o usuário a realizar pesquisas on-line sobre esse candidato. Embora a pesquisa on-line para que determinada assunto, meio ambiente, por exemplo, pode levar o usuário a ver os anúncios de outro candidato que fez o investimento para alcançar uma melhor classificação no Google, do que o candidato inicial que havia sido visto nos anúncios. Se um determinado investimento é direcionado para anúncios de publicidade tradicional, mas não consegue aparecer em uma simples busca no Google, o candidato, essencialmente, conseguiu a atenção, mas entregou o seguidor para outro candidato.
Para melhorar seus rankings de busca, os candidatos devem elaborar uma solução digital para esse fim. Ao servir às pessoas conteúdos relevantes e páginas de destino igualmente relevantes, de modo quando os usuários clicam nesses anúncios, os candidatos aumentam o seu ranking de busca e ganham mais seguidores em geral. Para aqueles que não estão fazendo isso, 2016 é o ano de os políticos pegarem a via digital.
O mundo mudou, a campanha também
Estamos na idade do marketing digital que tem mudado e ainda vai mudar muito as estratégias de uma campanha política moderna. O político tem de desenvolver um planejamento de marketing on-line para aumentar sua exposição, e promover sua mensagem aos eleitores. Claro, este ano teremos uma eleição aquecida como nunca havia acontecido, quando todo mundo tem suas próprias opiniões sobre o que é melhor para o nosso país. Este artigo não é para debater essas diferenças políticas, mas concentrar nos elementos que são importantes de forma clara para os candidatos na eleição de 2016, é esse nosso foco.
Marketing digital é realmente um grande trunfo. Conhecimento é poder! Nesta como nas futuras eleições, o marketing digital vai sugar mais receitas de campanha dos meios tradicionais de publicidade, como também irá ganhar mais e mais atenção. Isso não é apenas o futuro, é também o agora!
As campanhas políticas na internet cada vez mais tem um papel fundamental no sucesso ou fracasso de um candidato. E que dizer do impacto que a mídia social tem mantido sobre o ambiente político em 2016? Plataformas de mídia social, como Twitter e Facebook, estão dando espaço para as pessoas expressar suas opiniões políticas com muito poder, sobretudo dar respostas às demonstrações que estão sendo feitas contra ou a favor do governo, e políticos ou figuras políticas. As agências de notícias sabem como é poderosa a web, e tentam capturar a atenção on-line, num jogo rápido e profissional de quem sabe buscar o apoio com endereço certo.
Candidato, pese o que está em jogo nesse momento, e implemente uma estratégia integral de promoção de conteúdo, concentrando-se ao mesmo tempo, em redes sociais, anúncios patrocinados, telefonia móvel e sites de busca. Assim sua campanha pode driblar a crise, juntamente com os preços inflacionados do marketing tradicional.
Você já começou fazer algo do que foi falado? Ou não? Gostaria de saber. Comente.