Com pouco tempo de existência o social digital já se tornou uma instituição adotada por grande parte da sociedade brasileira.
A política é um jogo de poder e não há regras fixas da permanente competição. Quando em outubro alguns candidatos mais antenados pegar todos de surpresa nas eleições, ficará mais uma vez evidente que os políticos têm de remodelar-se para coincidir com as marés do tempo. A atual crise exige muito mais de posicionamento com a sociedade do que os tidos das últimas disputas.
A nossa classe média é apaixonada por um estilo corporativo agressivo, carismático, implantado por décadas passivas, absorvendo o modelo televisivo, validado pelos grandes impressos. Aquilo parecia ser a verdade. As campanhas eleitorais eram gigantescas, com dinheiro esbanjado em tudo que se pode comprar. Aliás, muitas coisas vão ficar restritas ao passado. Longe vão os dias de líderes partidários veteranos transferindo somas estratosféricas a profissionais de marketing político.
O boom de smartphones deve coincidir com uma grande mobilização nas mídias sociais, isso no início deverá ser sutil, mas chegará um momento em que o acúmulo desses fatores vai escalar pesado, deixando para trás quem estiver fora desse movimento. E assim vai deixar muitos políticos ativos sem ressonância virtual. Mais importante, aquele que for capaz de atrair as massas urbanas e rurais com soluções para desenvolvimento, implicando inovação, e ativamente envolvido em mídia social, esse sim estará respondendo ao jogo de modo que deixará todos os outros em perigo.
A convergência entre tecnologia, emprego, desenvolvimento, reforma e marketing de mídia social é um dos grandes insights para aproveitar o espaço eleitoral. Os partidos políticos estão agora tentando envolver os estrategistas políticos profissionais com muito menos verbas que no passado. Nosso país precisa do digital, e não só a juventude.
Os custos das coisas subiram com a crise e a mídia social é talvez uma benção para um país carente de informações, e de discutir seus interesses. Muitos tumultos comunais foram alimentadas por oportunismo político, e a mídia social tornou-se um show de variedades políticas onde não existem normas para a civilidade e decência. É um espaço que deve ser ocupado com competência por comunicação com foco em resultados.
Crimes cibernéticos como trollar, ameaçando a quem expressar diferentes pontos de vista políticos são comuns no social digital. Mas, apesar destes inconvenientes, e da pouca idade, a mídia social no circo político brasileiro é uma esperança naquilo que se compreende por “desenvolvimento”.
Atores políticos têm percebido o alcance das mídias sociais e sua capacidade de obter viral e gerar notícias. Estranhamente, porém, uma porcentagem de políticos se condena a acompanhar o passado no esquecimento, por resistir ao digital, ao social digital, e isso é apenas uma demanda comum que faz o eleitorado político.
Vimos nessa pré-campanha muito político continuar a decidir por ficar encima do muro. Para economizar dinheiro e não se expor, indo de encontro a todo o modelo do Marketing Digital que pede continuidade, consistência, conteúdo relevante, transparência. O digital não é a curto prazo.
Precisamos entender que Marketing Político Digital não é Marketing Eleitoral Digital.
O trabalho no digital precisa ser construído muito antes da campanha política. O político precisa assumir seu papel no mundo digital e compreender que o jogo mudou…
A partir do momento que as mídias sociais forem utilizadas como ferramenta de comunicação interativa pelos políticos e não como mero marketing político, a transparência, a cidadania e o processo democrático brasileiro sairão fortalecidos.
Mas compreender não é o bastante, é preciso agir!
No próximo post vamos falar sobre a diferença do Marketing Político Digital e do Marketing Eleitoral Digital.
E sua campanha política digital, como está?
Continue lendo nosso blog, é um prazer ter você por aqui.
Até breve.
Veja essa imagem abaixo. (Está escrita em espanhol, mas pode te dar umas boas dicas! 😉