A série americana é um sucesso, na quarta temporada ela revela alguns detalhes do marketing político digital.
Vamos falar da quarta temporada de House of Cards. A atriz Robin Wright interpreta uma Claire Underwood mais determinada e confiante de si, enquanto Kevin Spacey retoma seu trabalho na série como um Frank Underwood fragilizado. Mas, não vamos bancar o spoiler, não é esse o foco. Só um pequeno detalhe chama a atenção na abertura, com paisagens em time-lapse de Washington, a técnica fotográfica de tomar as mudanças que ocorrem lentamente ao longo do tempo e mostrar em sucessão rápida, editadas à perfeição com a música-tema.
No entanto, nessa mesma abertura tem algo de diferente. Não há nenhuma pessoa em cena, exceto pelas estátuas. Você vê o movimento dos carros, das luzes, das nuvens, mas não tem ninguém. Segundo a opinião da crítica especializada isso seria a representação que para o poder as pessoas não existem, simplesmente não entram no cálculo. Como apoiadores, no entanto, as pessoas se tornam um cálculo profundamente real, e é isso que queremos mostrar.
Um novo personagem da série, o republicano Will Conway (interpretado por Joel Kinnaman) é interessante para ver como é descrito, “o rei do Twitter”. Trata-se de um adversário mais jovem e um narcisista moderno. Ele não descola a vista de seus posts nas redes sociais. O negócio toma tanto gosto que Conway, a certa altura, começa a disponibilizar no seu site as suas conversas telefônicas e as dezenas de vídeos caseiros que faz todo dia com sua família fotogênica. É tudo tão obviamente feito para agradar e manipular que nos surpreendemos quando as pessoas gostam tanto dessas mensagens. Mas gostam, porque o processo eleitoral americano – e também o brasileiro – emplaca quem se promove melhor.
Agradecemos a série pelo exemplo, mas ficamos aqui com nossa crítica cinematográfica. Nosso interesse é ver a facilidade como o personagem de Kinnaman usa de vídeos caseiros para se posicionar em tudo que acontece. Isso é muito sério. Os políticos precisam utilizar seus celulares e fazer vídeos que eles mesmos postem. Ok, o candidato não tem tempo, ou jeito de fazer vídeo. Contudo, é importante que um pequeno vídeo de 1 ou 2 minuto, feito com celular, seja usado em larga escala para alimentar o social digital que precisa mais de palavras faladas e imagens, na rapidez do áudio visual.
É bom olhar para a resposta de Kinneman, para uma pergunta que lhe fizeram.
“- Seu papel é fazer vídeos, selfies, e usar a mídia social para atrair eleitores… Como você acha que seu personagem reflete os candidatos presidenciais atuais na eleição vida real, eles são ativos no Twitter e Snapchat?”
Resposta: “Esta eleição é uma loucura, mais imprevisível do que qualquer um poderia ter imaginado. (EUA, presidencial ) O que nós estamos retratando é a mídia social apela para um público mais jovem, numa trajetória em que o candidato está promovendo a si mesmo e o que ambos têm em comum (ele e o público jovem), é o que está sob uma candidatura presidencial”.
Saber se posicionar com agilidade e rapidez, com criatividade e originalidade é fundamental para saber jogar no Marketing Político Digital.
Em breve começamos com nossos eventos ao vivo pelo Brasil para falar sobre Marketing Político Digital para 2016!!!
Fique atento ao nosso blog, em breve trazemos novidades !!!