Faltando menos de um mês para o pleito eleitoral, a candidata Marina Silva, pelo PSB, segue com grande desempenho nas pesquisas, mas apresentando desgastes inevitáveis de campanha. A questão é saber o tamanho desses arranhões na imagem da presidenciável, ou seja, se parou de crescer, ou se apresenta queda. Ela que foi bem impulsionada pela comoção com trágico desaparecimento de Eduardo Campos, que lhe deixou a legenda e a fama, mas nesse momento parece não estar assim tão vigorosa, embora mantenha a quase certeza de segundo turno, enfrentando a presidente Dilma.
No Facebook Marina Silva (1.784.111 fãs) supera Aécio Neves (1.319.833 fãs) e Dilma Roussef (1.078.415 fãs), nessa ordem em número de likes. Em menções, segundo o site Monitor Eleitoral, ela passa dos dois com 111.658, enquanto Dilma tem 87.496 e Aécio 77.501, de 1 a 8 de setembro. Em likes ela teve um crescimento bem distinto dos outros dois principais candidatos, superando 1.700.000. Ainda no mesmo site, o índice de saudabilidade da acreana, 43%, perde para o mineiro Aécio com 70%, o que significa que Aécio teve mais menções positivas do que ela e Dilma, com 33%.
O fato de se discutir temas como a gestão do Pré-Sal, que Marina manifestou a intenção de reduzir, da independência do Banco Central, e a radical mudança de posição em apoio ao agronegócio, sem falar do recuo sobre a questão gay, aproximando-se do polêmico pastor Malafaia, fez estragos e conteve a subida de números nas redes sociais. Pode-se ver claramente, no site Monitor das Eleições Brasil 2014, que a ecocandidata aumentou ostensivamente os posts no Facebook logo no início da sua campanha, para refluir a partir do início de setembro.
Para a grande imprensa, Marina tinha a candidatura inflada com a morte de Campos, mas que exposta a críticas, denúncias de irregularidades sérias no avião acidentado, apoio de pessoas ligadas a grupos interessados em interferir no seu programa de governo, parece não estar mais com tanta força que havia no início. Ao mesmo tempo que o PT teria reagido na militância, capitaneado pelo ex-presidente Lula. Fatores como esses podem explicar uma estabilização nos índices de Marina. Detalhes como em número de seguidores no Twitter, Dilma (2.770.000) supera Marina (1.000.000), entre outros indicadores podem somar em algum momento em favor da atual presidente. Pesquisa Datafolha (10/09) indica que Dilma está a frente e as duas mulheres devem empatar no segundo turno.
O PT ficou mais confiante, Aécio parece estar em franco declínio, mas Marina procura entrar em redutos petistas, como na Bahia, encontrando com pessoas ligadas a religiões de origem africana, pois ela com seu perfil evangélico tem de superar essas distâncias. As pesquisas eleitorais são discutíveis, acertam bastante, mas acumulam estúpidas “bolas fora, mas, de qualquer modo, elas mostram a ponta do iceberg, mas é importante também vigiar a internet e ter uma visão submarina da navegação presidenciável.