“Porque a todos é concedido ver, mas poucos é dado a perceber.” Nicolau Maquiavel.
O uso explosivo das mídias sociais e dos aparelhos móveis revolucionaram dramaticamente as comunicações, alterando todos os fundamentos do que se pensava no marketing político. Especialistas tem trabalhado duro, com dados atualizados e análises históricas, para ver como anda a lógica do posicionamento para o público alvo, formado por aqueles que irão legitimar as ações do político. Novos fatores podem ser decisivos numa campanha, como, por exemplo, mais eficiência com tecnologia barata e inovação, diminuindo a dependência de apoios financeiros, o que alarga a autonomia de gestão, fator que pode ser decisivo para o sucesso. O Marketing Político Digital já é em si uma cultura de inovação agregada à bandeira da campanha.
A aceitação do candidato pelas pessoas tem se mostrado mais eficaz do que sua própria habilidade política. Assim, ouvir o público é uma daquelas ações que superam muitas outras numa campanha, por aproximar o político do eleitor. Nas mídias sociais é ressaltado que não devemos, nem podemos controlar as pessoas, assim, é preferível estabelecer relacionamentos com tolerância, aceitando as diferenças, o que é em essência uma atitude democrática. Essa seria uma síntese da condução dos relacionamentos nas redes sociais. É aí que o político pode mostrar quem ele é e no que acredita. Não é essa uma campanha de anúncios, não mesmo. É um trabalho de formiga que necessariamente deve ser feito por uma rede de apoio, discutindo minúcias das ideias propostas, diariamente, em qualquer horário. Mas como posicionar-se em todas as questões que possam surgir? Aí, vale mais um conselho de Maquiavel, “Tudo que é útil ao inimigo é prejudicial a ti, como o que te for útil será um problema para o inimigo”.
Na guerra, a disciplina vale bem mais que a motivação. O ideal é planejar uma campanha de olho na revolução das comunicações, pois essa é uma realidade que entrou na rotina do mundo inteiro e não há como ignorar esse fato. As razões que influenciam no aumento da autoridade do candidato que não tem cargo não são as mesmas que levam a legitimação de quem já ocupa o poder. E como no poder não costuma haver vacância, o líder no comando governa vigiando em todas direções, quase sempre usando os acessos de suas prerrogativas oficiais, procurando não ser substituído.
Se você é um candidato a cargo público, lembre-se, para inspirar a mudança antes de tudo você deve inspirar confiança. Você deve saber quem você é e quais valores representa, para acenar aos outros procurando apoio à sua causa. Quando não são forçadas a lutar por necessidade, as pessoas lutam por suas convicções. É necessário coesão nas estratégias utilizadas, para que tudo faça parte de um plano único, claro e coerente. Dificilmente é derrotado aquele que consegue avaliar suas forças e as do inimigo.
Referências:
A Arte da Guerra – Sun Tzu
A Arte da Guerra – Nicolau Maquiavel