A mídia social mudou a sociedade. Mas trata-se de rede de mídia e tecnologia, são impactos diferentes e devemos compreender a comunicação social como fica.
É consenso entre os experts que as eleições gerais de 2015, na Inglaterra, elevou a mídia social como a primeira mídia digital. Esse meio está rapidamente se tornando o referencial básico para fontes de notícias e informações, democratizando o debate. Assim, essas redes tornaram-se um grande distribuidor de conteúdo, que gerado pelo usuário está cada vez mais ocupando um papel importante.
O político atento tem incluído o digital na sua agenda, e certamente começou a se envolver com a mídia social, tendo sido levado ao mundo do Twitter e selfies com desembaraço. É claro, ele sabe que esses meios mudaram o fazer política.
Há alguns anos atrás essas redes eram dominadas por pessoas mais jovens, mas a mídia social mudou muito. Agora as redes refletem a população como um todo. Mas não é o suficiente falar sobre a mídia social como apenas uma nova tecnologia. A mídia social não é apenas uma mudança da tecnologia, é uma mudança na forma como as pessoas se comunicam. Essas mudanças têm de ser refletidas na forma como os candidatos se comportam, online e offline.
A mídia social é às vezes caracterizada como transitória e superficial. Porém isso também não deixa de ser uma leitura ligeira desses meios. A toda hora temos visto que a mídia social também se lembra, e essa memória tem feito a ruína momentânea de pessoas públicas. Um exemplo desse aspecto são os debates na televisão e seu posterior rumor nas redes. Isso explica as demandas judiciais tentando bloquear a mídia social e os sites de busca.
Além de métodos e táticas específicas, a comunicação social tem funcionado de forma tão consistente quanto os meios mais tradicionais, só que estes sempre foram menos inclusivos. Até aí tudo bem, mas, como os políticos conseguem alavancar a influência desses gigantes da tecnologia, como Facebook, Twitter e Google?
É indiscutível, a mídia social é o caminho para chegar ao público mais jovem, sabemos desde lá em 2008 Barack Obama foi apelidado o primeiro presidente de mídia social, quando ele usou esses canais para engajar os eleitores jovens durante sua campanha presidencial. De lá pra cá muita água já passou por baixo da ponte. A cada eleição a comunicação social atinge mais pessoas. Mas, a grande questão é como se relacionar de uma forma transparente e conquistar o público mais jovem.
As estatísticas apontam que os jovens não são fãs de se envolverem com o conteúdo de formato longo, mas vorazmente consumem todos os tipos de conteúdo de vídeo online. É muito bom postar declarações de líderes convertidos, mas não costuma circular muito, a menos que seja especialmente divertido.
A ideia não é tratar o jovem como massa, como peão de infantaria. É preferível conceber uma comunicação para conectar com pessoas que vêm com visão diferente ou mais complexa. As sacudidas dessas redes, pra quem sabe ver, ajudam bastante a compreender quantos estão mais propensos a sair e votar.
O caminho das pedras
A oportunidade de influenciar a opinião e mobilizar os jovens adeptos é definitivamente muito maior do que está sendo aproveitado. As tribos políticas de mídia social são suficientes fazer correr pessoas equilibradas ou curiosas após 30 segundos, ainda é muito fraco o nível de relacionamento dos grupos políticos nas redes. Depende o que queremos das mídias sociais para fazer para que a política ressoe nelas. Se a motivação é fraca, as redes é o lugar onde pode virar essa situação.
Questões ainda devem ser respondidas como, qual é a correlação direta entre engajamento online e o ato de votar? Porém, cada dia fica mais claro que é responsabilidade de todos ver como a mídia social pode tornar as políticas mais acessíveis. A tecnologia pode ajudar a circular idéias libertadoras, mas não vamos esquecer que a fraude ainda pode muito bem ser um problema com a tecnologia, mas por outro lado, apesar de muita manipulação, permite conexões mais fáceis entre os grupos de interesse. Enfim, o impacto da mídia social é profundo e vai muito além da tecnologia.
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